Enfrentados com o problema "Haverá Filosofia Brasileira (Latino-Americana)?" muitos teóricos são francos em dizer que, se acham que sim, não é originalmente original.
Pensadores como Paulo Margutti, um afirmativo, entendem que, no caso do Brasil, o filosofar se confunde com a literatura, e, ilustres escritores, como Lispector, são verdadeiros filósofos.
Nesse sentido, o NUFIB se dapara como a incoveniente questão da existência ou não de um filosofar tipicamente tupiniquim, posto que, se não houver, nosso trabalho será considerado um desperdício.
Esperançosos, entretanto, de que estamos numa via segura para a aquisição de conhecimento filosófico nacional, delineiamos três horizontes para a nossa produção: Num primeiro, chegamos à conclusão de que Filosofia é Uma e Universal, Total, e o que produzem os teóricos na distante Alemanha é perfeitamente aplicável à nossa realidadde.
Um segundo mundo possível se nos faz, no sentido de que a Filosofia genuínamente brasileira existe, mas devido à diferença cultural e contextual com a Europa, ela acontece (se manifesta) literariamente. Desse modo, podemos conceber Machado de Assis como ontólogo, e Clarice como filósofa da linguagem, uma analítica.
A terceira perspectiva, é que há sim um padrão de pensamento em busca de uma integibilidade do real e suas implicações, com uma cara precisa e inalienavelmente nossa, um lógos nosso. Assim, pessoas como Raimundo Farias Brito, Tobias Barreto e Mathyas Aires são expoentes do nosso pensamento.
Pertinindo a essas três perspectivas, nós, Filosofantes Tupiniquins, esperamos alcançar uma orientação razóavel, no sentido de sanar essa dúvida cruel dúvida. Aguardamos ansiosos por tais "respostas", e também a contribuição de vocês.
Pensadores como Paulo Margutti, um afirmativo, entendem que, no caso do Brasil, o filosofar se confunde com a literatura, e, ilustres escritores, como Lispector, são verdadeiros filósofos.
Nesse sentido, o NUFIB se dapara como a incoveniente questão da existência ou não de um filosofar tipicamente tupiniquim, posto que, se não houver, nosso trabalho será considerado um desperdício.
Esperançosos, entretanto, de que estamos numa via segura para a aquisição de conhecimento filosófico nacional, delineiamos três horizontes para a nossa produção: Num primeiro, chegamos à conclusão de que Filosofia é Uma e Universal, Total, e o que produzem os teóricos na distante Alemanha é perfeitamente aplicável à nossa realidadde.
Um segundo mundo possível se nos faz, no sentido de que a Filosofia genuínamente brasileira existe, mas devido à diferença cultural e contextual com a Europa, ela acontece (se manifesta) literariamente. Desse modo, podemos conceber Machado de Assis como ontólogo, e Clarice como filósofa da linguagem, uma analítica.
A terceira perspectiva, é que há sim um padrão de pensamento em busca de uma integibilidade do real e suas implicações, com uma cara precisa e inalienavelmente nossa, um lógos nosso. Assim, pessoas como Raimundo Farias Brito, Tobias Barreto e Mathyas Aires são expoentes do nosso pensamento.
Pertinindo a essas três perspectivas, nós, Filosofantes Tupiniquins, esperamos alcançar uma orientação razóavel, no sentido de sanar essa dúvida cruel dúvida. Aguardamos ansiosos por tais "respostas", e também a contribuição de vocês.
Eis então um trecho da poesia Tu e Eu...
"(...)
És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu, piniquim.
Eu, ropeu.
(...)"
És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu, piniquim.
Eu, ropeu.
(...)"
de Luís Fernando Veríssimo.